data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Pedro Piegas (Diário)
Apesar de o fogo ter acontecido no final da manhã, o cheiro forte ainda era presente no final da tarde tal qual alguns focos de fumaça. Assim estava a casa onde Katieli de Oliveira Chaves, 28 anos, morava com a mãe, 48, o pai, 58, o irmão, 17, seus filhos, de 12, 10 e 5, e uma amiga da família, de 22. Na hora do fogo, Katieli conta que o sentimento era de desespero. Contudo, depois da assimilação, a naturalidade que a família lida com o fato de ter perdido tudo em um incêndio choca tanto quanto as paredes derrubadas.
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Na casa, nenhuma pessoa perdeu a vida. Entretanto, foram-se roupas, móveis, documentos, alimentos e remédios. Sobraram as roupas do corpo e dois celulares que estavam com as crianças.
- Recém tínhamos acordado. Os vizinhos do lado que nos chamaram para avisar. Senão, nem teríamos visto. Teria queimado com a gente dentro. Não deu para salvar nada. Documento, coberta, roupa, ventilador, tudo. Eu ganho Bolsa-Família, mas agora meus documentos queimaram tudo, não tem nem como renovar - falou Katieli.
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Na casa, também funcionava um brechó em que Katieli e a mãe trabalhavam. Conforme os bombeiros, que contiveram as chamas, foi lá que começou o fogo, a partir de um curto-circuito em uma tomada que nem era usada. As roupas da loja fizeram o fogo se alastrar.
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Além das vendas, a família complementa a renda com reciclagem. Foram 17 sacos com latinhas de alumínio consumidos pelo fogo. Katieli acredita que eles renderiam R$ 100 após vendidos. Na tarde desta terça, eles ainda buscavam por algum material que fosse possível aproveitar. A panela em que faziam risoto para vender também foi perdida.
- O vizinho até tentou apagar com as mangueiras, mas estão aí as "mangas" todas queimadas. Quando ele entrou, já estava pegando fogo em tudo - lamenta.
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Os medicamentos da mãe de Katieli foram perdidos. A mulher é hipertensa e também faz tratamento para poder fazer uma cirurgia bariátrica. Da criança mais nova, veio uma dolorosa pergunta, direcionada à Katiele: "e os gatos?". A mãe teve a missão de explicar que os três não sobreviveram. Já os dois cachorros da família deram a sorte de sair pelo fundo.
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Agora, eles devem ficar em casas de parentes até definirem o que pode ser feito. A esperança é reconstruir a residência. Para isso, qualquer ajuda é bem vinda. A família pode ser contatada pelos telefones (55) 99180-4871 ou (55) 99165-9474.
*Colaborou Leonardo Catto